IMPRENSA CANALHA 006: PORTUGAL 1973
PORTUGAL 1973
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de Artur Varela
DVD com 10 filmes realizados em formato super 8 entre 1973 e 1974
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Alinhamento:
Uma Família Holandesa {4:18} Perfil dos pintores Manuel Baptista, João Hogan e José Escada {10:30} Le Printemps en Algarve commence en Janvier {4:12} As Maravilhas da Natureza - Animais Nossos Amigos: o Burro {5:25} Tourada {3:33} Homem com Peixe {4:62} Televisão {3:19} Lagosta {3.65} Viva Franco {3:29} Marcelo {3:70}
TEMPO TOTAL: 45:12
TEMPO TOTAL: 45:12
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APRESENTAÇÃO
Artur Varela {Almodôvar, 1937} aprendeu escultura em Lisboa, passou por Paris {Atelier Adam} , estacionou depois durante duas décadas na Holanda e regressa a Lisboa no final da década de 80. Entretanto havia explorado não só a escultura em madeira e metal, mas também a pintura, o desenho, a banda desenhada e o vídeo. Os filmes integrados em Portugal 1973 enquadram-se na exploração do formato super 8 e na postura da observação algo distanciada e cínica dos costumes indígenas. Parte destes filmes foram projectados pela primeira vez em 1973, aquando da exposição de Artur Varela na Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa. Muitos anos mais tarde, em 2000, os filmes seriam de novo exibidos no âmbito do projecto Slow Motion, nas Caldas da Rainha, comissariado por Miguel Wandschneider.
Sobre os filmes escreveu João Pinharanda [Público, 28/Abril/200]:
Artur Varela, como uma estada prolongada na Holanda (onde residia desde I964), surgiu em Lisboa com uma surpreendente exposição na SNBA, em 1973, da qual o material filmado era parte integrante. Há uma ironia essencial na sua obra. Os sucessivos "Perfis" de artistas portugueses (Manuel Baptista, João Hogam e José Escada) tomam o título à letra e filmam , de perfil, nuns intermináveis 3 ou 4 minutos, cada um dos personagens. Já "O burro" tem um plano frontal de 5 minutos que acaba por humanizar a presença do animal. "O homem e o peixe", Souvenir de Vaeanees", "Le printemps en Algarve commence en Janvier", "Uma noite de televisão" ou "Marialva", alargam a visão a todo o país ironizando o seu provincianismo, os "clichés" turísticos, os comportamentos sociais. Atitude que é levada ao campo da política com "Marcelito", imagens mudas de uma "Conversa em Família", já de 1974, ou em "Viva Franco", do mesmo ano, em que uma frase gravada na paisagem espanhola (espécie de ingénua "Land Art" fascista) é sucessivamente aproximada e afastada em violentos efeitos de zoom.
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